A Universidade Federal de Alagoas (UFAL), instituição pública de educação superior pluridisciplinar, de ensino, pesquisa e extensão, que tem como missão produzir, multiplicar e recriar o saber coletivo em todas as áreas do conhecimento de forma comprometida com a ética, justiça social, desenvolvimento humano e o bem comum, completou 50 anos em janeiro do corrente ano, e ao longo de sua existência teve 11 períodos de gestão.
Percebe-se que em cada um desses períodos de gestão, a UFAL vivenciou vários acontecimentos que foram impulsionados por fatos internos e externos à Instituição. Desde que foi criada, a única Universidade Federal do Estado tem passado por grandes transformações. Por ser voltada à produção e disseminação do conhecimento, a UFAL tem a dimensão de sua atuação determinada pela amplitude de seus compromissos e pelo envolvimento com a sociedade alagoana. Nessa perspectiva, a instituição procurou se integrar à sociedade, com o fim de compartilhar os problemas, os desafios e ajudar no desenvolvimento nacional, regional e local.
Após 50 anos, qual a posição da UFAL no ranking nacional entre as Universidades Brasileiras? E em relação às Universidades Nordestinas? Qual a situação da UFAL em relação às Universidades Federais? São perguntas que toda a comunidade acadêmica e toda a sociedade alagoana gostariam de saber.
As Instituições Brasileiras de Ensino Superior são avaliadas pelo INEP/MEC através do Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), que é um indicador oficial, o qual considera a qualidade dos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado), através da Nota CAPES, e dos cursos de graduação, através do Conceito Preliminar de Curso (CPC). O CPC tem como base o conceito obtido no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), o Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) e as variáveis de insumo: corpo docente, infra-estrutura e programa pedagógico.
Considerando os dados do IGC dos três últimos anos (2007, 2008 e 2009), após análise estatística, através de um teste de agrupamento, verifica-se que das 182 Universidades avaliadas, das quais 13 são da região Norte, 34 da região Nordeste, 15 da região Centro-Oeste, 78 da região Sudeste e 42 da região Sul, foram formados 15 grupos. A UFAL ficou classificada no grupo 10, igualmente com três Universidades Federais, duas Estaduais e 11 Privadas (Quadro 1).
Apesar do esforço dos gestores que passaram pela Universidade durante os 50 anos, a situação da UFAL é muito preocupante para uma Universidade cinquentenária. No ranking nacional, está abaixo da média, e em 47o lugar entre as 53 Universidades Federais avaliadas. Na região Nordeste, supera somente a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), que tem apenas seis anos de idade.
Portanto, é preciso que os gestores da UFAL tenham consciência de que é preciso investir, fortemente, em qualidade de vida acadêmica em todos os Campi;inovar em gestão de pessoas, adotando política institucional permanente de qualificação e valorização dos corpos docente e técnico-administrativo; melhorar os projetos pedagógicos dos cursos de graduação e pós-graduação existentes; adotar política orçamentária descentralizada; promover a criação de novos cursos de graduação e pós-graduação (Lato Sensu e Stricto Sensu), os quais deverão atender as crescentes demandas da sociedade, catalisando o desenvolvimento local, regional e nacional; entre outras ações.
Prof. Paulo Vanderlei Ferreira
Diretor do CECA e Candidato ao Cargo de Reitor da UFAL
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